Em "Cidadão de Papelão" Fernando Anitelli e sua trupe, O Teatro Mágico, descrevem a realidade de uma sociedade capitalista no extremo do seu consumismo; mostra o descaso, a indiferença e a falta de valores humanos. Tanto na música, quanto no clipe, os personagens principais são aqueles às margens da sociedade, invisíveis e desprezados tentando dignificar-se diante de uma sociedade injusta e egoísta.
Na animação do clipe abaixo é possível notar a forma como que a sociedade trata os catadores de lixo, como ignoram a presença dos garis e os executivos de terno e gravata, retratados como zumbis, cobiçam cada vez mais o dinheiro, trabalham tanto sem ter tempo para gastá-lo.
Confiram a letra:
Cidadão de papelão
O Teatro Mágico
O cara que catava papelão pediu
Um pingado quente, em maus lençóis, nem voz
Nem terno, nem tampouco ternura
À margem de toda rua, sem identificação, sei não
Um homem de pedra, de pó, de pé no chão
De pé na cova, sem vocação, sem convicção
Um pingado quente, em maus lençóis, nem voz
Nem terno, nem tampouco ternura
À margem de toda rua, sem identificação, sei não
Um homem de pedra, de pó, de pé no chão
De pé na cova, sem vocação, sem convicção
À margem de toda candura
À margem de toda candura
À margem de toda candura
À margem de toda candura
À margem de toda candura
Um cara, um papo, um sopapo, um papelão
Cria a dor, cria e atura
Cria a dor, cria e atura
Cria a dor, cria e atura
Cria a dor, cria e atura
Cria a dor, cria e atura
O cara que catava papelão pediu
Um pingado quente, em maus lençóis, à sós
Nem farda, nem tampouco fartura
Sem papel, sem assinatura
Se reciclando vai, se vai
Um pingado quente, em maus lençóis, à sós
Nem farda, nem tampouco fartura
Sem papel, sem assinatura
Se reciclando vai, se vai
À margem de toda candura
À margem de toda candura
À margem de toda candura
Homem de pedra, de pó, de pé no chão
Não habita, se habitua
Fonte:
http://letras.terra.com.br/o-teatro-magico/732486/
http://www.youtube.com/ acesso em 08/11/2011 às 00:16
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