terça-feira, 8 de novembro de 2011

O Teatro Mágico - Cidadão de Papelão

   Em "Cidadão de Papelão" Fernando Anitelli e sua trupe, O Teatro Mágico, descrevem a realidade de uma sociedade capitalista no extremo do seu consumismo; mostra o descaso, a indiferença e a falta de valores humanos. Tanto na música, quanto no clipe, os personagens principais são aqueles às margens da sociedade, invisíveis e desprezados tentando dignificar-se diante de uma sociedade injusta e egoísta.
   Na animação do clipe abaixo é possível notar a forma como que a sociedade trata os catadores de lixo, como ignoram a presença dos garis e os executivos de terno e gravata, retratados como zumbis, cobiçam cada vez mais o dinheiro, trabalham tanto sem ter tempo para gastá-lo.




Confiram a letra:

Cidadão de papelão

O Teatro Mágico


O cara que catava papelão pediu
Um pingado quente, em maus lençóis, nem voz
Nem terno, nem tampouco ternura
À margem de toda rua, sem identificação, sei não
Um homem de pedra, de pó, de pé no chão
De pé na cova, sem vocação, sem convicção


À margem de toda candura
À margem de toda candura
À margem de toda candura


Um cara, um papo, um sopapo, um papelão


Cria a dor, cria e atura
Cria a dor, cria e atura
Cria a dor, cria e atura


O cara que catava papelão pediu
Um pingado quente, em maus lençóis, à sós
Nem farda, nem tampouco fartura
Sem papel, sem assinatura
Se reciclando vai, se vai


À margem de toda candura
À margem de toda candura


Homem de pedra, de pó, de pé no chão

Não habita, se habitua
Não habita, se habitua


Fonte:
http://letras.terra.com.br/o-teatro-magico/732486/
http://www.youtube.com/ acesso em 08/11/2011 às 00:16

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