sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Palestra sobre Educação e Cinema

(Edmar Moreira, Profª Drª Joana Ormundo e Profª Drª Claudia Mogadouro)

   A palestra com o tema de EDUCAÇÃO E CINEMA foi realizada no campus vergueiro dia 18 de novembro de 2011 ministrada pela Professora Cláudia Mogadouro - Doutora em Ciências da Comunicação pela ECA-USP, e pesquisadora do Núcleo de Comunicação e Educação da USP, abordando a educação e cinema com base nos temas transversais propostos pelo nosso projeto Lixo Luxo.


 A professora nos apresentou a definição de EDUCOMUNICAÇÃO: educação para a formação do chamado senso crítico frente à mídia, o saber ler, ouvir e fazer comunicação; e nos apresentou os tópicos:


  • O descompasso (a cultura como mosaico);
  • A relação de educação;
  • A manipulação ideológica;
  • O cinema como meio de controle;
  • A industria cultural;
  • Teoria das mediações (produção – recepção);
  • Formação social, entre outros.

  Com base nos temas transversais nosso projeto discute sobre o meio ambiente e a cultura, tratados diretamente com o documentário lixo extraordinário, onde Cláudia discute sobre a formação dos profissionais da educação, a não utilização dos clássicos do cinema na escola, a importância da visão crítica tendo como base um dos produtores deste documentário o brasileiro João Jardim. Segundo Cláudia: “O melhor do documentário está no depoimentos dos catadores do Jardim Gramacho, que emociona o público”. Com a produção de Lucy Walker, “caso não tivesse a percepção de J. Jardim”, o documentário seria sobre as obras e a vida do artista plástico Vik Muniz.

   Foi de grande importância participar dessa palestra, onde percebemos que a consciência ecológica é inseparável da consciência social, cabendo a escola, responsável pelo acesso de conhecimento, contribuir para a realização de um espaço reflexivo para a construção da cidadania.


Foto: Adriane Luiza Mascarenhas

Gênero: Entrevista - Rubens Lopes

   Entrevista é o gênero estruturado em perguntas e respostas (entrevistador e entrevistado) por meio da conversação para obter do entrevistado informações acerca do que está sendo abordado no momento e/ou temática.

    Traremos aqui, por meio do recurso audiovisual, a história de vida do Sr. Rubens Lopes, vendedor da revista Ocas. Em seu depoimento ele aborda como conheceu a Organização Civil de Ação Social bem como sua trajetória vinculado ao mesmo. Observemos a prática social em que o indivíduo está inserido e como ele se constitui, ou seja, o discurso da perspectiva de transformação permeia nos dizeres de Rubens Lopes e configura o universo pelo qual a OCAS proporciona para seus colaboradores no exercício de suas funções. Contudo, realiza-se a configuração da reintegração do indivíduo na sociedade por meio de um projeto social.



Criação do vídeo: Adriane Luiza Mascarenhas, Ana Nogueira e Edmar Moreira

Fonte: www.youtube.com - acessado em 25/11/2011 às 08:50


Gênero: Reportagem - Projeto OCAS

  A reportagem jornalística é baseada em conteúdo de depoimentos e fatos da realidade, contados por por intermédio de palavras, imagens e sons.

   Apresentaremos, por intermédio do gênero, em um recurso audiovisual, a Organização de Ação Social - OCAS. Nossa abordagem está relacionada com o funcionamento do espaço e dos indivíduos que dela fazem parte, identificando as ferramentas de funcionamento do projeto social e o seu desempenho junto à sociedade.



Criação do vídeo: Adriane Luiza Mascarenhas, Ana Nogueira e Edmar Moreira

Fonte: www.youtube.com - acesso em 25/11/2011 às 08:15

Gênero: Artigo - Brasil: Realidade “mascarada” para quem a vê e “crua” para quem a vive

Artigo é um texto que apresenta uma posição determinada acerca de um assunto, sua fundamentação é elaborada por meio do discurso argumentativo e desenvolve, em sua maioria, conteúdo de análise, crítica e explanação relacionado a temática enfatizada no contexto.

Artigo de: Edmar Moreira
Graduando em Letras pela Universidade Paulista - 25/11/2011

O passado histórico-social do Brasil construiu hoje um contexto bem aparente e estagnado de nossa cultura: a desigualdade social.  Essa, tratada por diversos parâmetros, nos revela que o Brasil ainda tem muito a caminhar e que por todo ângulo conseguimos identificar o lado "cru" da pobreza brasileira.  Milhares de pessoas acordam na esperança de reintegração na sociedade, e diante dos mais complexos históricos de vida de cada um deles, o individuo se vê cercado, não somente, de dificuldades de garantir sua subsistência, mas também de receber um tratamento “humanizado” da sociedade.  

Baixa taxa de analfabetismo, de distribuição de renda, de escolaridade e etc., diante desse comprovado quadro, o brasileiro, é sem dúvidas, o individuo que mais se depara com o desafio de perspectiva de vida. Embora tenha-se diante do contexto social um escárnio de valores, todos esses desafios são mascarados com programas criados pelo governo e que pouco atendem a camada populacional carente de tais benefícios.

Índices econômicos apontam que a previsão de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil fique entre 4% e 5% no ano de 2012. A “nova classe média” do Brasil corresponde, hoje, a 52% da população e a economia de consumo depende, por uma boa parcela, dessa classe para manter-se sólida. Diante de contextos tão favoráveis, eis que surge o paradoxo da realidade brasileira: Por que ainda permanecemos na mesma situação?

Muitas são as explicações, porém poucas são consistentes e transformativas em sua real situação. O fato é que o Brasil estagnou nas suas políticas favoráveis às classes dominantes, predomínio da concentração de renda e riqueza e empréstimos de capitas estrangeiros ao longo dos últimos anos, resultando em um dos mais caóticos cenários de desigualdade social, que paulatinamente caminha para uma “revolução social”.

Na sociedade considera-se que um dos meios de tentativa de sobrevivência advém de uma série de problemas sociais, que em sua maioria, se não em sua totalidade, são “tratados” pelo governo demasiadamente com lentidão. O individuo brasileiro revela-se à margem de uma sociedade que transborda o avesso de dignidade, austero descaso, indiferença e falta de valores humanos. Diante da complexa perspectiva de crescimento, deparamo-nos com a real necessidade de reintegração na sociedade por diversos tipos de atividades não-formais, exemplificando como sendo um deles, a revelação de um visível cenário da realidade brasileira: a geração de renda por meio de um problema ambiental e social gerado pela sociedade – o lixo.

Muitos brasileiros fazem brotar seu sustento dos lixões, seja por meio de geração de dinheiro propriamente dito, ou do consumo de detritos orgânicos deixados por uma sociedade que pouco tem “consciência seletiva”. O trabalho dessas pessoas apresentam um importante – e triste – cenário da atividade de mão-de-obra brasileira, ressalvo a contribuição dessa camada trabalhadora no que se diz respeito a preceitos de sustentabilidade e coleta seletiva na sociedade, entretanto com pouco incentivo governamental nessas questões dificultam-se o crescimento positivo acerca de mudanças.

Sabe-se que o comportamento cultural do brasileiro é o principal gerador desse problema social, ou seja, o conceito de sustentabilidade e coleta seletiva é muito bem defendido em seu discurso, todavia pouco realizado em sua prática. Diante de tal contexto, a disposição do cenário é cruelmente desenhada: o catador realiza por ele mesmo o trabalho de muitos em decorrência da falta de comprometimento com o meio ambiente e questões sociais da sociedade.

A humanidade revela em seus mais diversos contextos o trabalho de quem transforma lixo em tudo: subsistência, alimento e arte. Entretanto carregam consigo o principal fator: a falta de perspectiva na transformação da sua própria realidade, pois ela está distante, é corriqueira, é só “transformação” – salvo pelo poder que atribui à sua semântica – salvo só por isso, mas raramente conquistado. É atribuir sentido naquilo que o rodeia, a fim de encontrar caminhos para seguir um novo percurso, afinal, o “futuro só depende do próprio indivíduo”, mas em cima desse apontamento universal, que tal construirmos um futuro no coletivo? Meu olhar nunca será novo se eu não transformá-lo em um “novo olhar”. E isso sim é possível individualmente.

Essa construção da Passarola, salvo excelentíssimo José Saramago que nos perdoe, não é mais só uma representação de ambição e utopia, mas sim a “concretização” de que o futuro do Brasil será bem melhor que atualmente, ressaltemos que essa previsão é noticiada por nossos “extraordinários” índices econômicos. Quem sabe superemos, segundo estudos econômicos de 2011, o Reino Unido em nosso Produto Interno Bruto? É um ótimo cenário que mascara a realidade existente, mas que não nos deixa desacreditar de algo: até a Copa do Mundo de 2014 e Olimpíadas de 2016 todos nós estaremos fluentes em inglês.


quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Gênero: História em quadrinhos - Jogue o lixo no lixo

Os Quadrinhos são uma sofisticada linguagem artística, que conjugam imagens e palavras. Utilizam textos de discurso direto, com elenco e enredo, narrados quadro a quadro, próximos a uma conversação face a face. Envolvem o leitor com elementos visuais que complementam a compreensão. Este, ao relacionar texto e desenho, linguagem verbal e não-verbal, produz a construção de sentido a partir de seu conhecimento lingüístico e de mundo.


Criação: Adriane Luiza Mascarenhas, Ana Paula Nogueira e Edmar Moreira.

Gênero: Charge - O lixo da realidade

A charge, presente desde o início do século XIX, é uma crítica social humorística, contextualizada e, por isso, vinculada profundamente a seu tempo de produção. Relaciona-se intertextualmente recriando a realidade, provoca o leitor a colaborar na construção do sentido, fazendo-o colher dos fatos, detalhes que enriquecem e intensificam o humor. Aborda temas jornalísticos, sociais e polêmicos, tendo cunho, predominantemente, político. 




Criação: Adriane Luiza Mascarenhas, Ana Paula Nogueira e Edmar Moreira.

Gênero: Resenha Crítica - "Lixo Extraordinário"

Traremos aqui uma diversidade de produção dos gêneros textuais acerca da temática do nosso projeto.
A priori, identificaremos segundo Koch & Elias (2010: pg. 55) que:
Dessa forma, todas as nossas produções, quer orais, quer escritas, se baseiam em formas-padrão relativamente estáveis de estruturação de um todo a que denominamos gêneros. Longe de serem naturais ou resultado da ação de um indivíduo, essas práticas comunicativas são modeladas/remodeladas em processos interacionais dos quais participam os sujeitos de uma determinada cultura. 
A Resenha Crítica é um texto que analisa outra produção, apontando aspectos importantes e irrelevantes acerca da temática abordada.
  
Resenha Crítica - Lixo Extraordinário


Direção: João Jardim, Karen Harley e Lucy Walker
Ano de lançamento: 2009

O documentário Lixo Extraordinário, acompanha o trabalho do artista plástico Vick Muniz, brasileiro radicado nos EUA, propõe um novo sentido a vida dos catadores de lixo do Jardim Gramacho, o maior aterro sanitário da América Latina, localizado em Duque de Caxias - RJ.

Ele vem conhecer de perto como é a vida dos catadores e aos poucos conhece alguns deles e diz o que pretende. Quer transformar o lixo — a matéria prima e de sobrevivência daqueles trabalhadores — em arte, mas com a parceria e colaboração deles.     
O filme é a construção dos painéis em que os catadores de lixo são retratados e o processo de transformação que se dá na vida dessas pessoas.
   Depois de fotografados, as imagens escolhidas dos catadores são projetadas de uma altura no chão e é preenchida com sucatas e objetos retirados do aterro sanitário. O efeito é belíssimo e esse painel é novamente fotografado e se transforma no quadro final do artista.
Os depoimentos emocionados de todos os retratados revelam como o processo artístico modificou suas vidas e trouxe auto-estima.
Tião, líder da associação dos catadores do Jardim Gramacho acompanha Vick ao leilão realizado em Londres. A obra que o retrata é arrematada por quase 100 mil reais. Muito emocionado, Tião diz que “tudo valeu a pena!”. Ele se refere à batalha para a criação da associação que luta pelos direitos dos catadores de lixo do Jardim Gramacho. Parte da renda das obras foi revertida à comunidade.